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Combate à seca no Sul conta com apoio da tecnologia espacial
O Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MINTTICS), pelo Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN), em parceria com o Massachusetts Institute of Technology (MIT), pelo Space Enable Research Group do MIT Media Lab, lançaram esta quinta-feira, 26, o projecto “Sistema de Apoio às Políticas de Combate à Seca no Sul de Angola”, que conta com um financiamento de 550 mil dólares da Agência Espacial Americana (NASA).
O objectivo do projecto, que tem duração de três anos, é fornecer dados ao Governo angolano sobre o estado dos recursos hídricos e a localização das populações mais vulneráveis ao impacto da seca.
Com recurso à tecnologia espacial, este sistema fornecerá, igualmente, informações sobre os locais ideais para a implementação de projectos estruturantes, como o Canal do Cafú.
Assim, o “Sistema de Apoio às Políticas de Combate à Seca no Sul de Angola” servirá como fonte de informação para o apoio na tomada de decisão sobre as políticas a curto, médio e longo prazo.
“É uma importante plataforma de recolha, organização e partilha de informação de forma sistematizada e permanente, voltada à mitigação das ocorrências de situação de seca, que ciclicamente tem afectado milhares de cidadãos em diversas zonas do país”, apresentou o secretário de Estado para as Telecomunicações e Tecnologias de Informação, Pascoal Alé Fernandes, em representação do Ministro Mário Oliveira.
Principal investigadora do projecto pelos Estados Unidos da América, a Dra. Danielle Wood, disse que o mesmo já está em funcionamento e a ser desenvolvido com quadros angolanos, afectos ao Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN).
A especialista norte-americana adiantou que um software fornecerá dados que vão gerar informações precisas para auxiliar a resolver a problemática da seca cíclica no Sul do país.
“O software vai poder estimar a intensidade da seca, a partir das avaliações feitas a terra, pelos três satélites, sobre as quantidades de água nos solos de Angola”, avançou.
A utilização dos satélites da NASA faz-se necessário por Angola não possuir, ainda, um satélite voltado à observação da terra. De recordar, que o ANGOSAT-2 é um satélite de telecomunicações que oferece serviços de comunicação, conforme explicou o gestor de projectos do GGPEN, engenheiro Osvaldo Porto.
“Não vamos utilizar o Angosat-2 porque se trata de satélite exclusivo de telecomunicações e não um de observação da terra. Para o efeito estão a ser usados satélites de sensores remotos que gravitam numa órbita inferior ao de telecomunicações ”, explicou o especialista.
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