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No âmbito da semana do curso de electrónica do Instituto de Telecomunicações (ITEL), o Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN), por via do Dr. Damião Malebo, Chefe de Secção de Operações Espaciais do Centro de Controlo e Missão de Satélites (MCC), participou de uma mesa redonda, cujo tema foi “Impacto do ANGOSAT-2 e o posicionamento de Angola no mercado espacial”, no dia 02 de Dezembro. O referido evento foi realizado pelo mesmo instituto.

A discussão do tema cingiu-se em grande parte no impacto que o satélite ANGOSAT-2 poderá ter na vida dos angolanos. Em relação a esse ponto, foi salientado que o impacto poderá ser de forma directa ou indirecta, com a redução de custos por parte das operadoras de telecomunicações do ponto de vista de aluguer de capacidades em satélites estrangeiros, cujos pagamentos são feitos em moeda estrangeira e com a entrada em funcionamento do ANGOSAT-2, as operadoras deixam de alugar capacidade em satélites estrangeiros e, consequentemente, os pagamentos deixam de ser feitos em moeda estrangeira e passam a ser feitos em moeda nacional, usando o satélite ANGOSAT-2. Isso permitirá com que as operadoras prestem serviços de comunicação a um preço mais acessível ao bolso do cidadão.

O ANGOSAT-2 permitirá levar serviços de telecomunicações onde actualmente as infra-estruturas tradicionais não existam ou são deficitárias. Possibilitará também que empreendedores criem micro, pequenas e médias empresas de distribuição de serviços de internet de banda larga ao longo do país a preços relativamente mais baixos.

Com o lançamento do ANGOSAT-2, a 12 de Outubro de 2022, Angola torna-se no 7º país em África a deter tecnologia espacial e é uma grande oportunidade que Angola tem em ajudar o continente, principalmente a região da África Austral a se tornar mais conectada vendendo suas capacidades e tornar-se co-líder nessa região.

Ao lançarmos o satélite ANGOSAT-2, a actual geração deu um pequeno passo, no entanto para que esse passo se torne maior, é necessário que as gerações subsequentes, através da academia, se apliquem nas áreas das engenharias (Matemática, Física, Computação e outras ciências afins), e assim poderem superar a actual geração que lançou o satélite ANGOSAT-2. Foi o conselho deixado no final da mesa redonda para os estudantes lá presentes.